É que eu sou feita disso,
desses versos,
dessas poucas histórias,
desse regresso,
dessas memórias.
Eu sou feita desses nomes,
semedão,
E quando não dizem
também deixo de os ser.
Eu sou feita dessa poesia,
livre e desimpedida,
que vai e que vem,
em busca da inspiração.
Eu sou esse olhar para moça,
esse olhar que nasce num segundo,
e não há de morrer nunca.
Sou a moça de amores maiores,
de amor eterno,
de poesia por profissão,
sou a estranha andando na rua,
que busca, que busca
a inspiração na sua figura.
Que te olha nos olhas e desejar roubar,
o mais profundo olhar,
que te segura nas mãos,
e jamais deseja soltar.
Margarida Moreira.
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